A rápida adoção de embalagens não “convencionais” na indústria do vinho é impulsionada pela adaptação a novos estilos de vida e mudanças nas formas de consumo. São as novas gerações de consumidores mais abertos à inovação, sensíveis às questões ambientais e de sustentabilidade que estão a moldar essa tendência em ascensão.
Historia
A ideia de transportar líquidos em bolsas remontam a muitos séculos atrás. Na antiguidade, já se utilizavam recipientes flexíveis feitos de pele de cabra para armazenar vinhos. Ao longo do século XX, o sistema que envolve um saco (bag) dentro de uma caixa (box), complementado por uma torneira para dispensar o líquido, foi gradualmente desenvolvido.
A praticidade, a facilidade em preservar higiene e a otimização do espaço são alguns dos pontos fortes dos recipientes Bag-in-Box, tornando-os uma escolha amplamente adotada não apenas na indústria vinícola, mas também em diversas outras áreas industriais.
O vinho acondicionado em Bag-in-Box frequentemente é visto por consumidores mais tradicionais como uma opção de qualidade inferior, às vezes comparado ao vinho de garrafão. Essa perceção ainda prevalece para muitos portugueses. No entanto, em muitos mercados, especialmente no Norte da Europa, o formato Bag-in-Box é altamente apreciado e amplamente adotado. Essa diferença de perceções destaca como as preferências e atitudes em relação ao vinho podem variar significativamente em diferentes zonas do mundo.
É notável a crescente diversidade de estilos de vinho já apresentados neste tipo de embalagem. É importante ressaltar que a qualidade do vinho, quando há interesse na produção, pode atingir níveis elevados mesmo quando acondicionado em Bag-in-Box.
Conceito
O conceito do Bag-in-Box traz à tona uma série de argumentos bastante convincentes, especialmente no que diz respeito às preocupações ecológicas e financeiras que são cada vez mais relevantes para os consumidores mais jovens e não só. Claramente, o formato desempenha um papel distintivo em relação à tradicional garrafa de vidro.
Primeiro, a conveniência é inegável. A leveza e a capacidade de armazenar um maior volume de líquido em menos espaço são fatores que o tornam uma escolha prática. Além disso, a natureza descartável e higiênica do Bag-in-Box, sem o risco de quebra, o torna ideal para momentos de consumo mais descontraídos, como festas, piqueniques e ocasiões similares.
Outro ponto a seu favor é a sua eficácia em manter a frescura do conteúdo por um período prolongado, algo que geralmente é um desafio para uma garrafa de vinho aberta. Isso é particularmente benéfico para aqueles que não consomem vinho com frequência e desejam apreciá-lo ocasionalmente, sem se preocupar com o desperdício de uma garrafa aberta.
O Bag-in-Box é uma escolha óbvia em substituição das garrafas tradicionais, alinhando-se perfeitamente com as necessidades de uma geração mais jovem, daqueles que se preocupam com questões ambientais e daqueles que buscam soluções práticas para o seu dia a dia.
Por todas estas razões, prevê-se que este formato, bem como outros além das garrafas, terão um crescimento substancial em popularidade. Isso se deve, em grande parte, ao fato de a embalagem de vinho, especialmente o vidro, ter um papel significativo na pegada de carbono. Além disso, a inovação, a criatividade e uma apresentação apelativa serão elementos essenciais na construção de uma imagem de valor sólida para essas alternativas de embalagem.
A disponibilidade de vinhos portugueses Bag in Box que ostentam as designações de Denominação de Origem ou Vinho Regional ainda é limitada. A ausência dessas certificações, independentemente da qualidade, pode levantar dúvidas sobre a origem do vinho. Portanto, aqui ficam algumas sugestões dos vinhos portugueses Bag in Box, que podem ser a solução ideal para diversas ocasiões.
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