Se gosta destas castas internacionais, poderá gostar destes vinhos Portugueses
Touriga Nacional, Alfrocheiro ou Castelão, já ouviu falar? E de Encruzado, Bical ou Antão Vaz? Estes são nomes de castas portuguesas, são ínfima parte do total de castas portuguesas. Portugal possui 343 variedades de uva para a produção de vinho. Dessas, 250 são nativas. Tão grande diversidade confirma Portugal como país de enraizada tradição vitivinícola.
Por isso, quando em Portugal, a tentativa de escolha de um vinho português ao seu gosto, numa garrafeira, loja ou restaurante, poderá resultar num autêntico quebra-cabeças. Vamos ajudá-lo. Se gosta e conhece castas internacionais e quer aventurar-se pelas castas portuguesas, encontre aqui uma ajuda, uma sugestão de castas autóctones portuguesas que originam vinhos ao gosto do seu gosto. Vinhos portugueses com o perfil das castas internacionais com que se identifica.
Se gosta de Pinot Noir da Borgonha, perfumado e de elegância incomparável e sensual nas notas a cerejas, arandos, envoltos por tabaco, chão de floresta e especiarias doces, com graciosidade e amplitude, e que nos exemplos de topo que podem precisar de largos anos de cave.
Então vai gostar de vinho do Dão, de enorme elegância e profundidade, de taninos nobres, encorpados, com intensos aromas e propícios a um longo envelhecimento, elaborados a partir de castas como Touriga Nacional, Jaen, Alfrocheiro, Tinta Roriz e Tinta Pinheira.
Manuel Moreira recomenda:
Se estiver interessado em saber mais sobre castas, este livro da Jancis Robinson está entre os melhores recursos disponíveis.
Na minha modesta opinião há vinhos portugueses mais parecidos com os da Borgonha do que os referidos, como é o caso dos vinhos de Marufo, Casculho, Brancelho e Pedral. Também os de Baga, vinificados com apenas dois dias de curtimenta, são tão bons (pelo menos) como um chambertain ou um Pommard. Infelizmente, falta-nos o estatuto e a história para nos compararmos á Borgonha, mesmo sabendo que fazemos vinho há mais tempo do que a França, segundo a opinião insuspeita do grande arqueólogo Jean-Pierre Brun.