Do pão e azeite às delícias da carne de bravo e peixes do Tejo, explore a riqueza gastronômica e cultural do Ribatejo, onde a história e a natureza se unem em sabores autênticos.
O Ribatejo é uma região que abrange os concelhos de Azambuja, Cartaxo, Rio Maior e parte de Santarém. Situado entre Lisboa e Porto e atravessado pelo rio Tejo, o território goza de uma localização central e privilegiada. O relevo é suave, com o sistema montanhoso Sintra-Montejunto-Aire e Candeeiros-Estrela a proteger a região a oeste.
Com uma forte tradição rural, o Ribatejo oferece condições ideais para a agricultura, sendo o olival e a vinha culturas de grande importância. Ingredientes como o pão, o azeite (Azeites do Ribatejo – DOP) e o alho são essenciais na cozinha local, complementados por uma grande variedade de produtos da horta.
O pão de trigo ou de milho, quando endurecido, é aproveitado para pratos típicos como a manja, o torricado (com ou sem bacalhau), as migas, o requentado e o magusto.
A carne de porco, galinha ou coelho era reservada para os domingos ou dias festivos. Carne de porco à cartaxeira, coelho com ervilhas, galucho, são alguns exemplos. A Carne de Bravo do Ribatejo DOP está na base de receitas como naco de boi com vinho tinto ou carne de toiro com repolho.
Também pode gostar de
A sopa de Peixe do Rio é uma receita tradicional das populações ribeirinhas do Tejo, assim como a Fataça na Telha, assada no forno entre duas telhas de barro vermelho, seladas com massa crua de pão para reter os sucos. O rio Tejo também inspira pratos como o ensopado de enguias, enguias fritas, açorda de sável, arroz de lampreia e a caldeirada à ribatejana.
A Tiborna de Bacalhau é outro prato típico, preparado pelos trabalhadores rurais em pouco tempo, durante a pausa do almoço. O Cabrito Assado no Forno, do ecótipo “Serrano”, destaca-se pelo sabor distinto da carne, resultado das condições únicas de alimentação fornecidas pela flora e o clima do Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros.
Entre os queijos, os de cabra da Maçussa são apreciados nas melhores lojas e restaurantes. A doçaria do Ribatejo é igualmente rica, com destaque para os Celestes de Santa Clara e o Pão de Ló de Rio Maior. Este último, criado na década de 1960, foi originalmente feito de forma artesanal, mas com o aumento da procura, passou a ser produzido industrialmente, mantendo, no entanto, as suas características tradicionais.
Destacam-se ainda os Arrepiados de Santarém, bolinhos de amêndoa com origem conventual, e as Queijadinhas de Azambuja, que possuem uma capa estaladiça e meia folhada, recheadas com um creme fresco e cítrico, enriquecido com pedaços crocantes de amêndoa, entre outras especialidades.
Fonte: Receitas e Sabores dos Territórios Rurais, MINHA TERRA – Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local, Portugal 2013
Comments