A DOC Encostas d’Aire é a denominação de origem mais a norte da região vitivinícola de Lisboa. É também a mais extensa, com cerca de 5000 hectares, incluída nos concelhos da Batalha, Porto de Mós, Ourém e parte dos concelhos de Alcobaça, Caldas da Rainha, Leiria e Pombal.
A Encostas d’Aire DOC (Denominação e Origem Controlada) foi estabelecida em 2005 e está dividida em duas sub-regiões, “Alcobaça” e “Ourém”.
![Mosteiro de Alcobaça](https://static.wixstatic.com/media/241ea0_c30675187f4c48f48ed76143902bfddf~mv2.jpg/v1/fill/w_980,h_551,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01,enc_auto/241ea0_c30675187f4c48f48ed76143902bfddf~mv2.jpg)
Aqui fazem-se sentir os efeitos da interação entre o litoral com a montanha Serra de Aire, que dá o nome à DOC e que se eleva a 678 metros de altitude. O clima temperado, distribui-se por vários microclimas. Uns sob a influência atlântica, outros sob o resguardo da montanha.
Toda a envolvente paisagística está marcada pelo rendilhado dos inúmeros pedaços de terreno, na mais pura representação do minifúndio tradicional. Há aqui um modo muito próprio de viver a agricultura, onde o aluvião da várzea contrasta com o calcário das encostas e as videiras competem desde sempre com outras culturas.
Mas são estas vinhas, muitas de cepas antigas e retorcidas em apertado compasso, quem desempenha um papel central na vida daqueles que dependem da terra, seguindo muitas das práticas e modos de produção deixados pelos monges agricultores de Cister, que “governaram” por séculos estas terras. Vinhos, há-os de todos os tipos.
Contudo, o mais notável legado medieval que ainda perdura nos dias atuais são os famosos vinhos Palhetes. Na sua expressão mais genuína, seguindo a receita à risca, estes vinhos podem ostentar a menção “Vinho Medieval de Ourém”.
![](https://static.wixstatic.com/media/241ea0_9a1cccbfc6a747bfb37de630ca3ea926~mv2.png/v1/fill/w_825,h_375,al_c,q_85,enc_auto/241ea0_9a1cccbfc6a747bfb37de630ca3ea926~mv2.png)
O que faz de tão único e especial este vinho, de produção exclusiva no concelho de Ourém, é seguir fielmente os métodos transmitidos pelos antigos Monges de Cister, aos habitantes de Ourém, há mais de oito séculos. Isto é, vinho feito a partir de 80% da uva branca Fernão Pires e 20% de Trincadeira.
A designação "Vinho Medieval de Ourém" foi criada com o propósito de preservar essa tradição. O regulamento criado em 2005 salvaguarda a qualidade e que todo o processo respeita as tradições, perpetuando este autêntico tesouro vinícola.
As castas brancas são dominantes, e a Fernão Pires a rainha incontestável. Nas variedades brancas há também Tamarez, Arinto, Malvasia Boal entre outras.
Os vinhos brancos desta denominação de origem são frescos, marcadamente frutados, finos e bastante gastronómicos.
Nas uvas tintas o Castelão é predominante, acompanhado das castas Aragonez, Baga, Tinta Miúda, Touriga Nacional e Trincadeira. Os vinhos tintos desta denominação de origem costumam ser de cor rubi clara e aberta, de caráter leve ou ligeiro.
Além da viticultura, a região oferece um vasto acervo cultural e histórico, tornando-a uma visita indispensável como são o Castelo de Leiria, Castelo de Ourém, e Castelo de Porto de Mós. O espiritual Santuário de Fátima, as maravilhas geológicas da Gruta de Alvados e de Santo António. Os monumentais Mosteiros de Alcobaça e Batalha.
E a arte vidreira e do cristal exaltada na Marinha Grande através do Museu do Vidro da Marinha Grande e o Centro de Visitas da Atlantis em Alcobaça. Tudo isto a 90 minutos de Lisboa!
![Santuário de Fátima](https://static.wixstatic.com/media/241ea0_11aa8c0d28874b64bdada594de70474b~mv2.jpg/v1/fill/w_980,h_551,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01,enc_auto/241ea0_11aa8c0d28874b64bdada594de70474b~mv2.jpg)
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