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Combinações Inusitadas: Caracóis

De cada ano, apostamos, o pratinho de caracóis, com o palitinho de madeira dentro do seu invólucro de papel, acompanhado de um copo de cerveja geladinha num qualquer local ao ar livre acompanhado de umas boas gargalhadas, é das imagens mais duradouras que ficam das férias de Verão. Pois, é o Verão é a época ideal para comer.

No mês de maio termina o ciclo de criação dos caracóis e até agosto estão no ponto ideal para serem consumidos.

Em qualquer bairro há sempre aquele espaço, café, tasca ou restaurante, que é especializado no petisco. Após a lavagem dos caracóis, cozinhá-los não é nada de complicado: um tacho de caracóis aromatizados em caldo de alho e orégãos é como manda a praxe para os chamados “caracóis à portuguesa” , a preparação mais frequente.


Apesar da simplicidade e de a receita levar poucos ingredientes, não quer dizer que haja detalhes a ter em conta, como a origem dos caracóis, a receita do caldo, o tipo de alho e dos orégãos, entre outros. Daí haver lugares onde o caracol é especialidade a justificar romaria anual. Louro, pimenta e piripiri são ingredientes em muitas das receitas.


Glass with Sagres beer at a beach in Portugal

No fundo este petisco é simples e aromático e para muitos dos seus apreciadores a cerveja geladinha é a companhia perfeita. Bom, talvez o hábito de não pensar noutra bebida que não a cerveja e a memória de satisfação que a mesma deixa, sejam razões de peso para o costume.

Desafiamos a que esse hábito de beber cerveja com caracóis fique em stand by e que esse prazer ganhe novas cores e sabores com algumas propostas de vinho que ligam bem.

Não vale a pena pensar em vinhos que de alguma forma sejam especiais. Bem pelo contrário. O petisco é simples, é aromático e descontraído tal como o é a ocasião de o degustar. Assim, a simplicidade é mesmo a palavra de ordem.


Glass of white wine at sunset in Lisbon, Portugal

Vinhos Brancos

Aromáticos, com evidência frutada, frescura de sabor e de corpo leve são os perfeitos. Um toque de doçura residual não é de descartar. Mas são dispensáveis os vinhos com notória influência da madeira. Deixemo-los para outras situações.


Vinhos Rosés

Na mesma linha dos brancos rima na perfeição com os caracóis, assim como espumantes joviais, de estilo e idade, mantêm bem acesa a alegria e boa disposição desse instante.


Vinhos Tintos

Os vinhos tintos talvez sejam os menos indicados, mas se essa for a preferência, opte-se por vinhos muito ligeiros de corpo, macios e refrescantes de sabor. Aí a temperatura de 14ºC/15ºC ajuda à festa. Para além disto tudo, a boa notícia é que os vinhos de preço mais acessível são os que reúnem tudo o descrito.


O Sommelier Manuel Moreira recomenda:


Brancos
Rosés
Tintos
Espumante

Guia em ordem alfabética de alguns locais reputados pelos caracóis:


· Apolo 78, em Loures

· Arco de Paris, Areeiro

· Boteco da Linha, São Pedro do Estoril

· Café Fortaleza, em Boavista dos Pinheiros – Odemira

· Café José Reis, em Leiria

· Café Kiwi, em Monção

· Café Montanha, em Mogadouro

· Café Paris, no Cartaxo

· Café Teles, em Freamunde

· Café Varanda, em Aljustrel

· Casa dos Caracóis, Campolide

· Casa dos Caracóis, em Odivelas

· Casa dos Caracóis, em Vila Praia de Âncora

· Casa Primo dos Caracóis, em Olhão

· Cervejaria Boina Verde, em Peniche

· Cervejaria Edmundo, em Lisboa

· Cervejaria Germano, em Lisboa

· Coreto do Bairro, Carnide

· Jakim Girassol, em Coruche

· Júlio dos Caracóis, Marvila

· Marisqueira do Lis, Intendente, Lisboa

· O Filho do Menino Júlio dos Caracóis, em Lisboa

· O Hoquista, Benfica

· O Manjar da flor, em Benavente

· Rei dos Caracóis, Algés

· Restaurante Bar Azul, em Leça da Palmeira

· Restaurante o David, em Faro

· Restaurante Tabuense, em Alvalade

· Sabores do Bocage, em Setúbal

· Sem palavras, em Lisboa

· Varandas Vale Formoso, em Lisboa




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